Leia e ouça: Comes and Goes
Mesmo que caia aquele temporal mais uma vez, e você me empreste o guarda-chuva amarelo. Ainda que eu sorria de volta pra agradecer, e te olhe por sobre o ombro quando você virar de costas. Mesmo você me trazendo café sem açúcar no dia seguinte, com um sorriso desenhado num post-it só pra me deixar feliz e puxar conversa.
Mesmo que caia aquele temporal mais uma vez, e você me empreste o guarda-chuva amarelo. Ainda que eu sorria de volta pra agradecer, e te olhe por sobre o ombro quando você virar de costas. Mesmo você me trazendo café sem açúcar no dia seguinte, com um sorriso desenhado num post-it só pra me deixar feliz e puxar conversa.
Nem que
você me mande uma mensagem no fim do dia, querendo saber se cheguei bem. Mesmo
você me encarando por horas do outro lado do escritório e me deixando sem graça
quando nosso chefe passa. Ainda que eu ceda e beba um ou dois drinques contigo
na sexta, que voltássemos ao cinema, e acabássemos na cama como a primeira vez.
E mesmo que
eu acorde de madrugada assustada te procurando pelo quarto escuro, ou ligue
meio bêbada, sabendo que vou me arrepender depois. Ainda que eu faça tudo de
novo. Mesmo que a gente volte, a gente não volta.
A gente não
volta, não. Nem por mal, nem por falta de amor. Não volta porque ainda não
inventaram uma máquina do tempo pra me fazer sentir tudo aquilo outra vez. Não
volta porque nem eu nem você somos os mesmos de dez dias atrás, que dirá de um
mês.
Não volta
porque a gente já sabe como pode acabar. Não volta porque eu me apaixonei por
outro alguém, que eu nem sei se ainda
mora em você, ou já foi mandado embora também. E não vai voltar, porque o tempo
não congela, e até o amor muda, não há como se culpar.
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